O natal é de facto uma época que, de entre outras coisas menos importantes, serve para nos encherem a caixa de correio do telemóvel com mensagens de feliz natal. Chego a receber algumas que não faço a mínima ideia de quem sejam. Mas é também tempo de pensarmos acerca daquilo que fizemos durante o ano e os aspetos a melhorar no próximo. Sobretudo, é uma época de reflexão acerca das nossas atitudes. Sendo o natal uma época para refletir sobre o resto do ano, está em falta uma época para refletir sobre o natal. Uma cuidadosa análise comportamental sobre esta época. Esta semana fiz a árvore de natal, ou pinheiro de natal se quiserem… É um momento de convívio e alegria onde colocamos fitas, luzes, bolas coloridas, estrelas brilhantes e algumas outras coisas até que a árvore seja apenas o suporte de toda aquela tralha, uma espécie de cabide. Mas decorar um pinheiro é quase tão estúpido como vestir um cachorro. Ora, eu não visto o meu cão, porque é que hei de vestir uma planta, ainda que artificial? Todos esses acessórios fazem da árvore de natal, a drag queen do reino vegetal. Título merecido. E não acho que esteja a exagerar. Uma planta que faz inveja à Lady Gaga, não merece menor distinção. A conclusão a tirar de tudo isto é obviamente nenhuma. Mas ainda assim esforcei-me para que fosse esta, o natal é uma época de fraternidade, esperança e depois desta análise acho que podemos dizer que, de um pouco de transformismo também.