Jogos de Tabuleiro

Jogos de tabuleiro, uma das coisas que, intemporalmente cativa pessoas de todas as gerações. É impossível não gostar de um ou de outro, visto que existe uma pluralidade de jogos com os mais diversos objetivos, mas todos com o intuito de divertir, de proporcionar um tempo bem passado entre amigos ou em família. Por muita tecnologia que se invente, esses jogos vão ter sempre lugar de destaque para mim. Começo com um que provavelmente é o mais famoso jogo de tabuleiro do mundo, falo, claro está, do Monopoly. Este jogo que para além de ser muito bem constituído com todos os percalços e êxitos do mundo dos negócios, associa também a sorte dos dados e é um dos jogos que despende mais tempo. Chegávamos a deixar o tabuleiro, repousado e exatamente com a mesma “desordem”, para continuar a partida no dia seguinte. E mesmo esta poderia ainda se prolongar por mais um ou dois dias, tudo para que o jogo fosse levado avante com todo o ritual a que o obriga. Cada partida é levada com muita seriedade. É um jogo que exige paciência de facto. E quando cada jogador começa a constituir o seu matrimónio de baldios, casas, companhias da luz etc.., aí começa o verdadeiro espírito de negociações. Cada um tentando fazer o melhor negócio, como se da vida real se tratasse. Mas, com esta disputa e individualidade este poderá não ser o jogo preferido daqueles que preferem o trabalho de equipa e habilidades artísticas. Então, outro jogo que promove estas duas vertentes é o Pictonary. Esse mítico jogo em que todos pintam. E como amante de rabiscos, este é um jogo que adoro! Consiste em desenhar para a nossa equipa, - que poderá ter vários membros - e depois é só fazer figas para que eles percebam o que estamos a tentar representar. As categorias são excelentes porque permitem uma diversidade incrível de temas, que vai desde animais e objetos, figuras publicas até mesmo – na categoria dita como difícil - representar uma ação como por exemplo “Plantar uma árvore”. E, uma das coisas que gosto realmente neste jogo, embora seja possível com praticamente todos, é que podemos reinventar as regras sem que assim se perca a diversão e entretenimento. Imagina que em vez de desenhar as palavras predefinidas nas categorias, desenhava-se, por exemplo, amigos dos participantes, escolhidos por alguém da equipa oposta. Seria divertido ver como cada um - independente das suas habilidades de desenho - desenhava um amigo. Soltaria naturalmente algumas gargalhadas aos jogadores! Por último, o Trivial Pursuit, outro género, este tenta testar o conhecimento e cultura geral dos jogadores, e claro, se possível, fazer com que aprendam umas coisitas novas. Todos conhecem este jogo, o famoso jogo em que o objetivo é ser o primeiro a adquirir um “queijinho” de cada cor. “Queijinho” não é o termo correto, ou melhor científico, para algo que poderíamos chamar de fichas ou algo assim. A verdade é que se assemelha a uma fatia de queijo e isso é indiscutível! Está tão enraizado na cultura tradicional deste jogo que, se alguém se atrever a chamar-lhe outra coisa, sinto-me à vontade para o agredir. Tal como no anterior, este também está dividindo em categorias de perguntas que se distinguem pelas cores. “Pergunta para queijinho”, dizem-nos para que estejamos especialmente atentos para a pergunta. E mais uma vez alia também o conhecimento com a sorte, uma vez que só umas casas específicas dão direito a “queijinho”. Com tantas sugestões só falta mesmo é por em prática!

Do dia-a-dia

Faz parte da vida citadina que levamos, mas, andar de elevador com desconhecidos ainda é uma experiência desconfortável para a maioria de nós. Porquê? Porque é que aquele tempo minimal se assemelha mais a horas de espera?! Quando em conversa, a situação é curiosa, suspende-se temporariamente esse diálogo se o elevador parar para alguém entrar. Um simples comprimento e segue-se. Não se fala durante o resto do eterno percurso. A conversa pode depois ser retomada, de novo, com toda a normalidade. Como que se as 4 paredes do elevador fossem a nossa casa e não queiramos de maneira nenhuma que uma pessoa ouça pontas soltas de uma conversa. E como que de um olhar a avisar “Vão entrar pessoas, comporta-te”.
Outra coisa que me incomoda um bocado são as “portas puxe e empurre”. É incrível como de todas as vezes que vou para abrir uma, me esqueço do significado dessas palavras e troco os dois conceitos. Naquele pequeno tempo que tenho para por em ordem esses conceitos, tento apenas não errar numa chance que será de 50%, ao que parece que confundo e acabo por trocar 95% das vezes. Mas isso nem é o pior, o pior é que “portas puxe e empurre” são quase todas aquelas que usamos, e nem por isso é-lhes colocada essa etiqueta! Esta tentativa de facilitar a vida às pessoas, - com uma boa intenção, não digo que não – foi mal sucedida, está na hora de admitir o fracasso!
Por último, mas não menos ridículo, são aquelas tampas de rua que são mal colocadas e desfiguram assim a simetria dos paralelos! Para quem gosta de caminhar na rua sobre uma faixa de paralelos escuros, ou saltando alternadamente entre uma e outra, tem aqui um problema de facto e o dia fica logo estragado! E dá que pensar que a última pessoa a colocar a tampa no lugar, não teve o cuidado de verificar a sua posição. Se a tampa for redonda, existem inúmeras formas para a colocar, mas no caso de ser quadrada, são apenas 4. Em todo o caso, não parece difícil pois não?! Fica aqui o apelo, para que mais nenhum padrão seja desfigurado por causa destas tampas!

NS de Fátima no Vaticano

A imagem da nossa senhora de Fátima está no vaticano, como devem já ter sabido, a senhora foi marcar presença nas jornadas marianas e regressa este domingo a casa. Esta não é a primeira vez que a NS faz esta deslocação, na verdade já a fez doze vezes no passado. Mas acerca desta mesma deslocação em particular, achei piada à forte segurança no transporte da mesma e à cobertura televisiva, tudo por causa de uma figura de barro, - e, quando a mesma chegaria ao vaticano junto de qualquer outra mercadoria e em perfeitas condições. Será que foi em executivo? Eu não arriscava... Mas, a data marca também uma grande peregrinação de fiéis a Fátima, e para desfeita de muitos, a NS está para fora.

Mas apesar de tudo, acho bem uma senhora no vaticano, talvez quem sabe, seja um passo para a revogação da ordenação das mulheres como sacerdotes. É sempre mais uma figura feminina naquela que é, ainda, uma igreja profundamente machista, - mesmo sendo esta apenas um boneco.

Filas de Concertos

Filas de concertos, talvez já tenhas sido apanhado numa ou noutra quase sem dares por isso, neste aglomerado de gente que, tal como tu, procura o melhor lugar para assistir ao espetáculo. Eu confesso, o maior tempo de espera a que já me sujeitei foi de cerca de 8 horas e acho que mais do que isso seria abuso. Mas todo este tempo de espera está longe de ser aborrecido, não é... e no final talvez até saiba a pouco. Afinal de contas estás num lugar cheio de pessoas que partilham dos mesmos gostos que tu - musicais pelo menos. Entre conversas, jogos, mais conversa, risos, conversa, uma música ou outra, mais conversa, o tempo passa num instante! E outra coisa relacionado com isto é o tipo de concerto, e quem já tenha estado em ambos sabe disso, o público de um concerto de festival é bastante diferente de um público num concerto de tour. A sintonia que existe neste último é inigualável a qualquer outro. Voltando às filas. Voltando ao tempo a que alguém está disposto a passar junto a um recinto pelo seu ídolo. Eu diria que muito. O suficiente para se instalarem por dias, ao relento, com sol ou chuva, fazendo o possível para se aguentarem nas melhores condições sem o conforto de casa. Li recentemente que fãs brasileiros de Justin Bieber esperam desde à duas semanas, sensivelmente por um concerto que só se irá realizar dia 3 de Novembro. Para efeitos de desatualização, estes fãs contam ficar cerca de 40 dias à espera do seu ídolo, acampando junto ao recinto onde o concerto se vai realizar, a fim de ficarem nas primeiras filas, mais perto do palco. Serão 40 dias, equivalente a 960 horas, 57600 minutos! Porém, o ministério público do Rio de Janeiro e da vara da infância e juventude, proibiram que menores - que serão certamente a maior parcela de fãs - de permanecessem a aguardar na fila durante este período. Entre as causas estarão as más condições a que estes jovens se sujeitam enquanto acampam amontoadamente numa longa fila. Eu só diria que, provavelmente estas pessoas gostam mais de acampar do que de música propriamente dita! Mas de resto, nada contra, o que for preciso para passar uma boa hora e meia de concerto!

Requisitar um Livro

Se estás aqui talvez gostes de ler. Podes não ter uma grande paixão pelos livros, mas acredito que aprecias uma boa história! E por isso vou falar de uma coisa que está presente na vida de qualquer estudante, e não só! Não é que seja uma coisa rotineira, mas de certeza que já passaste por este momento algumas vezes! Falo, de requisitar um livro na biblioteca. Um ato aparentemente banal, mas que pode ter muito por onde explorar e esmiuçar. Uma coisa curiosa no aluguer de material bibliotecário, para o caso - livros, é que o tempo que te dão para o leres parece estimado naquele momento. Quem nunca teve essa sensação? Parece não obedecer a um limite estipulado para todos, mas antes a uma avaliação rápida sobre o tempo que uma pessoa deverá necessitar para o ler! Uma análise ao calendário escolar, ao tipo de livro, ano de escolaridade… todo e qualquer fator parece interferir na estimativa - “Ora bem, romance, 1,82m, 236 páginas, 12º ano, 2 irmãos… É capaz de levar uns 12 dias a ler!”. E lá colocam os 12 dias como limite de entrega. E para nós será uma grande derrota interior ver que o tempo não foi o suficiente e apercebemo-nos que temos de voltar, de cabisbaixo, para pedir mais tempo. E o bibliotecário deve anotar aprimoradamente o tempo que demoraste, para ter isso em conta, em próximas aquisições. E aí contará, claro, para o teu “rácio” aumentando-o ou diminuindo-o. Ou seja, - o sistema deve funcionar mais ou menos assim - de acordo com os dias médios que demoras a ler um livro, e tendo em conta as páginas, etc… fazem a estimativa para futuros alugueres! Isto parece ridículo, mas a verdade é que o bibliotecário tem em conta o que costumas ler, quanto tempo demoras, sabe mais de nós através dos livros do que possamos imaginar! E também quem nunca ouviu o comentário “lê-se bem o livro!”. Estabelece-se uma amizade momentâneo em torno do livro, quase como uma relação de simbiose! Trocam-se algumas impressões na hora da entrega – gostou, não gostou… - e passam de novo a conhecidos!