Do dia-a-dia

Faz parte da vida citadina que levamos, mas, andar de elevador com desconhecidos ainda é uma experiência desconfortável para a maioria de nós. Porquê? Porque é que aquele tempo minimal se assemelha mais a horas de espera?! Quando em conversa, a situação é curiosa, suspende-se temporariamente esse diálogo se o elevador parar para alguém entrar. Um simples comprimento e segue-se. Não se fala durante o resto do eterno percurso. A conversa pode depois ser retomada, de novo, com toda a normalidade. Como que se as 4 paredes do elevador fossem a nossa casa e não queiramos de maneira nenhuma que uma pessoa ouça pontas soltas de uma conversa. E como que de um olhar a avisar “Vão entrar pessoas, comporta-te”.
Outra coisa que me incomoda um bocado são as “portas puxe e empurre”. É incrível como de todas as vezes que vou para abrir uma, me esqueço do significado dessas palavras e troco os dois conceitos. Naquele pequeno tempo que tenho para por em ordem esses conceitos, tento apenas não errar numa chance que será de 50%, ao que parece que confundo e acabo por trocar 95% das vezes. Mas isso nem é o pior, o pior é que “portas puxe e empurre” são quase todas aquelas que usamos, e nem por isso é-lhes colocada essa etiqueta! Esta tentativa de facilitar a vida às pessoas, - com uma boa intenção, não digo que não – foi mal sucedida, está na hora de admitir o fracasso!
Por último, mas não menos ridículo, são aquelas tampas de rua que são mal colocadas e desfiguram assim a simetria dos paralelos! Para quem gosta de caminhar na rua sobre uma faixa de paralelos escuros, ou saltando alternadamente entre uma e outra, tem aqui um problema de facto e o dia fica logo estragado! E dá que pensar que a última pessoa a colocar a tampa no lugar, não teve o cuidado de verificar a sua posição. Se a tampa for redonda, existem inúmeras formas para a colocar, mas no caso de ser quadrada, são apenas 4. Em todo o caso, não parece difícil pois não?! Fica aqui o apelo, para que mais nenhum padrão seja desfigurado por causa destas tampas!