Avaliação de Professores

O que pode ser dito sobre uma prova que testa os conhecimentos dos professores. Não chega obviamente. Os professores avaliam os alunos. Os professores são avaliados por avaliadores. Quem avalia os avaliadores dos professores? E quem avalia os avaliadores dos avaliadores dos professores? E quem avalia… ok, vocês perceberam! Como estudante não me considero um estudante, nem mesmo um funcionário público, mas antes um pensionista, visto que o Estado lamenta constantemente os gastos avultados com a educação. E esta será mais uma medida com o objetivo de empurrar alguns professores para o desemprego com uma justificação (mais ou menos) credível. E sim, disse mais ou menos. É claro que não é com provas escritas que se avaliam as competências de um docente. Onde estão as provas físicas para avaliar a destreza de um professor? Felizmente ultimamente não se tem ouvido falar em casos de agressões a professores por parte de alunos. Todavia é algo que deve ser salvaguardado e tido em conta. Se houvesse uma prova de destreza física, para avaliar a resistência e força dos docentes, provavelmente não haveria quem quisesse brincar ao "jogo das cadeiras" com eles! Mas não é apenas nesta medida que esta prova está incompleta. Para mim, uma das coisas que conta realmente para que um professor seja um excelente profissional, é a família. É verdade. Número de irmãos, filhos, tios, sobrinhos, deveriam ser fatores decisivos na avaliação. A verdade é que é muito importante o conhecimento por experiências vividas, mais do que conteúdos programados e apenas matéria com pouco conteúdo prático. O que esperar de um professor filho único? As suas experiências de vida passarão apenas por querer ter um irmão mas os pais insistirem permanentemente que ele é mais feliz assim! Por mais vivências que tenha tido, será certamente uma pessoa mais insegura do que as outras. Será bom para os estudantes este tipo de docentes à frente da sua aprendizagem? Estamos numa altura em que como há muitos docentes, eles têm de ser selecionados de alguma forma. Uma licenciatura na área já foi suficiente em tempos, hoje não o é! Estive a analisar a prova comum e a última pergunta é acerca de uma frase proferida por António Nóvoa em que se lê, “A escola de hoje é infinitamente melhor do que a escola de ontem. É mais aberta, mais inteligente, mais sensível à diferença. Mas não chega.” Obviamente estava enquadrado num texto em que, certamente se podia ler a seguir, …Mas não chega. É preciso por os professores à prova. Vamos tornar a escola ainda mais aberta, na entrada, mas sobretudo na saída.